terça-feira, 9 de dezembro de 2008
segunda-feira, 8 de dezembro de 2008
para Manoel de Barros
quando quero espairecer
deixar minha alma levinha
solto-a pela campina
sigo bailando garças
varo atalhos de rapina
ouço as glicínias
perfumadas de aranquãs
gorjeadas de vento
marulhadas de silêncio
é paz de passarinho
é campina bem verdinha
é aragem da manhãzinha
é encanto murmurando azul
é ardor parindo palavras
é raça de poetador!
é vôo de borboleta
é poema declamando poesia
é poeta brotando amor...
Sonia R.
domingo, 7 de dezembro de 2008
dentro do espelho
terça-feira, 25 de novembro de 2008
sem paradoxos
Desfaz-se o intervalo entre sombras e luzes.
As cores se despem, libertas do artifício do brilho.
Luminosidade e escuridão perdem contorno
e fundem-se à caótica penumbra que mistura
enfeitadas mentiras e doídas verdades.
Um breve instante desprovido de sentido.
O que de repente se fez tão especial
retorna ao debate inútil, inconvicto,
de um tema tão simples... tão banal.
Sonia R.
As cores se despem, libertas do artifício do brilho.
Luminosidade e escuridão perdem contorno
e fundem-se à caótica penumbra que mistura
enfeitadas mentiras e doídas verdades.
Um breve instante desprovido de sentido.
O que de repente se fez tão especial
retorna ao debate inútil, inconvicto,
de um tema tão simples... tão banal.
Sonia R.
quinta-feira, 20 de novembro de 2008
perfil
Talvez eu seja apenas este medo
que transpira a noite incerta
que me traz o som da seresta
mas nega-me da lua a candeia.
Quem sabe seja eu a crença
evaporando-se na ilusão
que confunde nomes de flores
e relembra velhos aromas
de amores malsãos.
Talvez eu seja apenas o cansaço
a máscara da melancolia
sob o sorriso aberto
ou sob o corpo que reclama
o fato de estar desperto...
Sonia R.
que transpira a noite incerta
que me traz o som da seresta
mas nega-me da lua a candeia.
Quem sabe seja eu a crença
evaporando-se na ilusão
que confunde nomes de flores
e relembra velhos aromas
de amores malsãos.
Talvez eu seja apenas o cansaço
a máscara da melancolia
sob o sorriso aberto
ou sob o corpo que reclama
o fato de estar desperto...
Sonia R.
e por falar em saudade...
teste
quarta-feira, 19 de novembro de 2008
semântico
domingo, 16 de novembro de 2008
DE CARINHOS
CONTEXTUAL
quinta-feira, 13 de novembro de 2008
ENFRENTAMENTO
CATAVENTO
Conheces o lado
que se dá à grimpa,
que acompanha o ritmo,
que segue a direção.
Mas há enigmas
enquanto sou brisa
que afaga e acalma,
enquanto sou pausa
na quietude lassa,
ou quando me entrego
sem máscaras
e sem paradigmas
e um pote de ecos,
que guarda emoção,
entorna sem fleuma,
às vezes rajada,
às vezes tufão.
Sonia R.
terça-feira, 4 de novembro de 2008
SEM MAIS
sábado, 1 de novembro de 2008
PENSAMENTO
QUEM ÉS?
quarta-feira, 29 de outubro de 2008
AINDA UMA VEZ
Ainda há sombras
que se ocultam
em cantos mortiços.
Ainda há brumas densas
que encobrem horizontes.
Mas há também um ponto iluminado
na certeza oculta das coisas,
no centro de todas as dúvidas.
Desafiando águas revoltas,
ignorando brumas e sombras,
um barco retorna sereno.
Sobre si, o crepúsculo escorre lento.
Sonia R.
DOS MEDOS
Eu tenho medo de ruídos estranhos,
de sirenes na noite que acordam sonhos,
de relâmpagos acendendo nuvens,
de palavras soltas, de apelos inúteis.
Tenho medo das miragens,
das sombras que o sol estira no final do dia,
depois de um tanto e incontido brilhar.
Eu tenho medo das temperaturas imprevistas,
das minhas e das tuas inconstâncias
e do jeito, tão meu, de buscar telhas partidas
nos tetos altos das quimeras, só por uma nesga de céu.
Sonia R.
TARDE...
TARDE
é quando o horizonte encobriu-se
por trás dos dias nublados
é quando nos perdemos da certeza
de que a chuva lavará o silêncio do telhado
é quando percebemos a hora
que de esquecida, foi embora...
Tarde é quando não se restaura a fé,
é quando o coração se enche de cuidados
e caminha, pé ante pé,
por campos que sabe, minados...
Sonia R.
é quando o horizonte encobriu-se
por trás dos dias nublados
é quando nos perdemos da certeza
de que a chuva lavará o silêncio do telhado
é quando percebemos a hora
que de esquecida, foi embora...
Tarde é quando não se restaura a fé,
é quando o coração se enche de cuidados
e caminha, pé ante pé,
por campos que sabe, minados...
Sonia R.
segunda-feira, 27 de outubro de 2008
quarta-feira, 22 de outubro de 2008
terça-feira, 21 de outubro de 2008
VIAGEM
I R O N I A
terça-feira, 7 de outubro de 2008
morreu a flor...
segunda-feira, 6 de outubro de 2008
CHOQUE
na distância aproximada
reflexos agônicos do caos
não sou eu nos versos do poeta
nem há rastros nos caminhos
[abelhas não zumbem sobre flores que espinhos
sugaram o mel]
não vou esperar a festa
há liras nas visões emanadas das luzes
que a vida, pura supremacia,
joga sobre a escuridão
expondo cruezas, sutis adjacências
evidenciando que além do pesar
aquém do amanhã,
a vida se faz agora.
. Sonia R.
terça-feira, 9 de setembro de 2008
FIM DE TARDE
ESTRADA SÓ
EM SILÊNCIO
Gosto das cenas mudas
que imagino lá fora.
Além, muito além
das silenciosas pedras,
pressinto o mundo no vagar
das câmeras lentas.
Gosto das horas lerdas
que levam para além das pedras
o burburinho dos riachos
e o canto dos pássaros.
Gosto do som aquém das pedras,
barreira de conforto que me isola
das rimas fáceis da falsa poesia
e me traz a inspiração derradeira
extraída sem beijo e sem estesia
da dor sentida e engolida
desta impregnada melancolia.
Sonia R.
IMAGÉTICO
quinta-feira, 28 de agosto de 2008
DE(S)CRENÇAS
terça-feira, 26 de agosto de 2008
CLAUSURA
mutilados versos
latejam soluços
viajam quimeras
navegam mares
singram estrelas
sangram silêncio...
não saem do peito!
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