domingo, 27 de março de 2011
sábado, 26 de março de 2011
Fernando Pessoa
"
Não sou nada. Nunca serei nada. Não posso querer ser nada.
À parte disso, tenho todos os sonhos do mundo".
Não sou nada. Nunca serei nada. Não posso querer ser nada.
À parte disso, tenho todos os sonhos do mundo".
sexta-feira, 25 de março de 2011
UM DESABAFO [À VIDA]
"Todo homem de ação é essencialmente
animado e otimista porque quem não sente
é feliz" (Fernando Pessoa)
Se trago sonhos, persigo metas
trazes engano, crueza de pedras.
Se trago flores, luzes de auroras,
trazes espinhos, sombrejas caminhos.
Se trago o pálpito, o gosto de ser,
trazes a morte, teu pátrio poder.
Mas trago um trunfo
na força que aspiro
bambu que não verga
na crença que crê
____no amor que simples,
____naturalmente, existe.
E tu [vida], trazes o quê?
-
quinta-feira, 24 de março de 2011
entenda-me, se quiseres.
"Sou como você me vê. Posso ser leve como uma brisa ou forte como uma ventania. Depende de quando e como você me vê passar". (Clarice Lispector)
ser feliz, eis nossa maior busca
"O único propósito da existência humana é acender uma luz na escuridão da mera existência". (Carl Jung)
obsessão?
O tempo empreguiçado de esquecer
cava abismos, arrasta as folhas
leva as estações, lava as certezas...
Quem és, afinal?
Não te deste a conhecer
manto negro dos mistérios
sombras de enigmas indecifrados
que se disse amor sem ser entrega
que se disse chegada... e foi partida.
Um suspiro da noite, um encontro
um poema apagado, um nome riscado
que ainda em chamas, clama
e não resgata esse tempo
que não pára, não pára, insano,
de correr.
Sonia R.
sexta-feira, 18 de março de 2011
quinta-feira, 17 de março de 2011
Veredicto
Culpada foi a noite
que se vestiu de beleza
para escancarar o lado feio
desta obscena tristeza.
Culpada foi a poesia
que dançou letras e sons
e espalhou na solidão
um perfume de novo dia.
Mas a culpa maior foi tua,
pássaro trigueiro,
teu pouso na janela,
teu canto faceiro,
melodiando os versos
de um poema feiticeiro.
terça-feira, 15 de março de 2011
PEDIDO DE FLOR
O que quero de ti, jardineiro,
são teus zelos e segredos,
tua alma beija-flor,
tuas mãos de doce aroma,
teu amor-perfeito.
O que quero de ti, jardineiro,
é a redoma.
Sonia R.
MANSAMENTE...
Sem ruido, sem alarde, sem aviso
estranha sensação comprime o peito
tão solitária como o nascer do dia
tão contundente como lâmina fria.
Fiapos de tormenta, uma quase dor
derrame ácido que goteja temor
e, em silêncio, dissemina estilhaços.
Monta nos ombros do entusiasmo
e fecunda o germe do cansaço.
Sonia R.
estranha sensação comprime o peito
tão solitária como o nascer do dia
tão contundente como lâmina fria.
Fiapos de tormenta, uma quase dor
derrame ácido que goteja temor
e, em silêncio, dissemina estilhaços.
Monta nos ombros do entusiasmo
e fecunda o germe do cansaço.
Sonia R.
SEMÂNTICO
Fechado o círculo,
perdem-se os contornos
de começo e fim.
A infinitude do tempo
repousa na vibração plena
do instante.
Sonia R.
perdem-se os contornos
de começo e fim.
A infinitude do tempo
repousa na vibração plena
do instante.
Sonia R.
IDÍLICO
Quem dera fosse possível
segurar o instante amado
parar o tempo que escoa
e aprisioná-lo no momento
como pinceladas revoltas
torções dolorosas
lamentos do artista sobre a tela
tentando contornar as formas.
Sonia R.
segurar o instante amado
parar o tempo que escoa
e aprisioná-lo no momento
como pinceladas revoltas
torções dolorosas
lamentos do artista sobre a tela
tentando contornar as formas.
Sonia R.
sábado, 12 de março de 2011
BUSCA
Onde o sentido
deste caminhar sem rumo
pés descalços na areia quente
deste infindável deserto,
tão esquecido de mar,
tão solitário de paisagem
que ilude luz de oásis
mas sem dizer ao certo
o quanto tem de miragem.
Onde a razão
desta selha de lágrimas
destes olhos de mágoa
desta voz que não solto
nestes versos que calam?
Sonia R.
deste caminhar sem rumo
pés descalços na areia quente
deste infindável deserto,
tão esquecido de mar,
tão solitário de paisagem
que ilude luz de oásis
mas sem dizer ao certo
o quanto tem de miragem.
Onde a razão
desta selha de lágrimas
destes olhos de mágoa
desta voz que não solto
nestes versos que calam?
Sonia R.
sexta-feira, 11 de março de 2011
Dos Medos
Eu tenho medo de ruidos estranhos,
de sirenes na noite que acordam sonhos,
de relâmpagos acendendo nuvens,
de palavras soltas, de apelos inúteis.
Tenho medo das miragens,
das sombras que o sol estira no final do dia,
depois de um tanto e incontido brilhar.
Eu tenho medo das temperaturas imprevistas,
das minhas e das tuas inconstâncias
e do jeito, tão meu, de buscar telhas partidas
nos tetos altos das quimeras, só por uma nesga de céu.
Sonia R.
de sirenes na noite que acordam sonhos,
de relâmpagos acendendo nuvens,
de palavras soltas, de apelos inúteis.
Tenho medo das miragens,
das sombras que o sol estira no final do dia,
depois de um tanto e incontido brilhar.
Eu tenho medo das temperaturas imprevistas,
das minhas e das tuas inconstâncias
e do jeito, tão meu, de buscar telhas partidas
nos tetos altos das quimeras, só por uma nesga de céu.
Sonia R.
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