terça-feira, 9 de dezembro de 2008

dia branco

( à tua vinda, quem sabe... )



cheiro de tarde azul,

vento acarinhando flor,

beijo de mel,

corpo colado,

abraço.

som da paz,

- tua voz! -

som possível de amor

desenho de nuvem no céu

... num dia branco, sem véu.


Sonia R.



segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

para Manoel de Barros



quando quero espairecer
deixar minha alma levinha
solto-a pela campina
sigo bailando garças
varo atalhos de rapina
ouço as glicínias
perfumadas de aranquãs
gorjeadas de vento
marulhadas de silêncio

é paz de passarinho
é campina bem verdinha
é aragem da manhãzinha
é encanto murmurando azul
é ardor parindo palavras
é raça de poetador!

é vôo de borboleta
é poema declamando poesia
é poeta brotando amor...


Sonia R.



domingo, 7 de dezembro de 2008

dentro do espelho




(para Jorge Luis Borges)


em meus labirintos

descobri espelhada

a magia do véu

que sagaz,

encobre o mistério.


no véu intocável

das coisas ocultas

descobri Aleph.


Sonia R.