segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Em Silêncio



Gosto das cenas mudas
que imagino lá fora.
Além, muito além das pedras,
pressinto o mundo no vagar
das câmeras lentas.
Gosto das horas lerdas
que levam para além das pedras
o burburinho dos riachos
e o canto dos pássaros.
Gosto do som aquém das pedras,
barreira de conforto que me isola
das rimas fáceis da falsa poesia
e me traz a inspiração derradeira,
extraida sem beijo e sem estesia,
desta impregnada melancolia.


Sonia R.

Um comentário:

Carlos Rodolfo Stopa disse...

Certos encontros só se dão no silêncio de admiração. Quando mais somos... no silêncio? Num jardim sob a chuva fina? Numa rua, numa estrada? beijos