Eu tenho medo de ruídos estranhos,
de sirenes na noite que acordam sonhos,
de relâmpagos acendendo nuvens,
de palavras soltas, de apelos inúteis.
Tenho medo das miragens,
das sombras que o sol estira no final do dia,
depois de um tanto e incontido brilhar.
Eu tenho medo das temperaturas imprevistas,
das minhas e das tuas inconstâncias
e do jeito, tão meu, de buscar telhas partidas
nos tetos altos das quimeras, só por uma nesga de céu.
Sonia R.
Um comentário:
O medo da poeta simplesmente será banido pela beleza dos versos.
Belíssimo poema!
Minha admiração!
Otávio
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