
Olhos que já me viram
em cotidianos mistérios
que sondaram meus enigmas
perscrutaram minhas cismas
e os vazios de minhas rimas...
Por que tentam perfurar a crosta
deste meu véu de impostura
e me seguem no viés
dos caminhos tão sem rastros
por onde desliza farto
o peso dos meus cansaços?
Sonia R.
Um comentário:
Quero agradecer, primeiro, as suas visitas e o seu comentário de hoje, tão gentil, aos meus versos. Sabe que esse seu poema é exatamente o reflexo de um pensamento que vem me acompanhando por vários dias? Também me sinto assim, com freqüência, sob olhos que me parecem sondar e me seguir as palavras, tentando colher-lhes a intenção. Mas sabe, Sonia, penso que seja exatamente essa a razão da poesia, atrair olhares. E nós, enquanto poetas, só podemos desejar que a inspiração que nos leva a escrever seja interpretada de maneira semelhante pelas pessoas que nos lêem. Gostei dos olhos do gatinho. Amo gatos. E vai ser um imenso prazer conhecer seu blog. Grande abraço a você também.
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